MensagensMagicas.com-Glitter-Texto

Olá pessoal!

O blog "Trilhando Saberes" tem o objetivo de compartilhar as ideias e acontecimentos pedagógicos que envolvem a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação, textos, entrevistas, mídias em geral, assim como às formações que ministro ou participo ao longo de minha trajetória como educadora e apaixonada por essa área das Tecnologias dentro do processo educativo. Abraço!!

Prof. Esp. Ana Gláucia Sales Nogueira

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Papa orienta sobre a utilização das redes sociais.
  
“As redes sociais como Facebook, entre outras, devem ser espaços de diálogo, mas também de cautela. Por uma questão de prudência, faz bem analisar criteriosamente as atualizações de status, saber o que comentar em fotos, ter o discernimento para escolher o que ‘curtir’ e o que não merece ser ‘curtido’, partilhar postagens que façam refletir ou sorrir, sem ferir a dignidade humana. O mais importante é que a comunicação seja, “não só uma troca de dados, mas também e cada vez mais, uma partilha”. (Bento XVI)
Fonte:http://www.facebook.com/pages/Super-do-Bem/302884143058721?sk=wall
 
Bom dia queridos professores e alunos!!!
Fica a dica para nós professores de todas às áreas, principalmente para os professores dos Laboratórios Escolares de Informática, trabalharem com seus alunos, com sua comunidade escolar em geral o assunto exposto. 
Profª Gláucia Nogueira

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Redes sociais: aliadas da aprendizagem 


 FIQUE LIGADO!!

Cada vez mais cedo, as redes sociais passam a fazer parte do cotidiano dos alunos e essa é uma realidade imutável. Mais do que entreter, as redes podem se tornar ferramentas de interação valiosas para auxiliar no seu trabalho em sala de aula, desde que bem utilizadas. "O contato com os estudantes na internet ajuda o professor a conhecê-los melhor", afirma Betina von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática. "Quando o professor sabe quais são os interesses dos jovens para os quais dá aulas, ele prepara aulas mais focadas e interessantes, que facilitam a aprendizagem", diz.
Se você optou por se relacionar com os alunos nas redes, já deve ter esbarrado em uma questão delicada: qual o limite da interação? O professor deve ou não criar um perfil profissional para se comunicar com os alunos? "Essa separação não existe no mundo real, o professor não deixa de ser professor fora de sala, por isso, não faz sentido ele ter dois perfis (um profissional e outro pessoal)", afirma Betina. "Os alunos querem ver os professores como eles são nas redes sociais". 
A seguir, listamos cinco formas de usar as redes sociais como aliada da aprendizagem e alguns cuidados a serem tomados:

1. Faça a mediação de grupos de estudo

Convidar os alunos de séries diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes - separados por turma ou por escolas em que você dá aulas -, pode ajudá-lo a diagnosticar as dúvidas e os assuntos de interesse dos estudantes que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com os conteúdos curriculares já planejados para cada série.
Os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut podem ser concebidos como espaços de troca de informações entre professor e estudantes, mas lembre-se: você é o mediador das discussões propostas e tem o papel de orientar os alunos.
Todos os participantes do grupo podem fazer uso do espaço para indicar links interessantes ou páginas de instituições que podem ajudar em seus estudos. "A colaboração entre os alunos proporciona o aprendizado fora de sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento" explica Spiess.

2. Disponibilize conteúdos extras para os alunos

As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes ou de peças de teatro que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. "Os alunos passam muitas horas nas redes sociais, por isso, é mais fácil eles pararem para ver conteúdos compartilhados pelo professor no ambiente virtual", diz Spiess.
Esses recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut, porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio professor.

3. Promova discussões e compartilhe bons exemplos

Aproveitar o tempo que os alunos passam na internet para promover debates interessantes sobre temas do cotidiano ajuda os alunos a desenvolverem o senso crítico e incentiva os mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes a se manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes, por exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as atualidades, sempre cobradas nos vestibulares.

4. Elabore um calendário de eventos

No Facebook, por meio de ferramentas como "Meu Calendário" e "Eventos", você pode recomendar à sua turma uma visita a uma exposição, a ida a uma peça de teatro ou ao cinema. Esses calendários das redes sociais também são utilizados para lembrar os alunos sobre as entregas de trabalhos e datas de avalições. Porém, vale lembrar: eles não podem ser a única fonte de informação sobre os eventos que acontecem na escola, em dias letivos.

5. Organize um chat para tirar dúvidas

Com alguns dias de antecedência, combine um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os conteúdos ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats do Facebook, do Google Talk, do MSN ou até mesmo organizar uma Twitcam para conversar com a turma - mas essa não pode ser a única forma de auxiliá-los nas questões que ainda não compreenderam.
A grande vantagem de fazer um chat para tirar dúvidas online é a facilidade de reunir os alunos em um mesmo lugar sem que haja a necessidade do deslocamento físico. "Assim que o tira dúvidas acaba, os alunos já podem voltar a estudar o conteúdo que estava sendo trabalhado", explica Spiess.

Cuidados a serem tomados nas redes

- Estabeleça previamente as regras do jogo

Nos grupos abertos na internet, não se costuma publicar um documento oficial com regras a serem seguidas pelos participantes. Este "código de conduta" geralmente é colocado na descrição dos próprios grupos. "Conforme as interações forem acontecendo, as regras podem ser alteradas", diz Spiess. "Além disso, começam a surgir lideranças dentro dos próprios grupos, que colaboram com os professores na gestão das comunidades". Com o tempo, os próprios usuários vão condenar os comportamentos que considerarem inadequados, como alunos que fazem comentários que não são relativos ao que está sendo discutidos ou spams.

- Não exclua os alunos que estão fora das redes sociais

Os conteúdos obrigatórios - como os exercícios que serão trabalhados em sala e alguns textos da bibliografia da disciplina - não podem estar apenas nas redes sociais (até mesmo porque legalmente, apenas pessoas com mais de 18 anos podem ter perfis na maioria das redes). "Os alunos que passam muito tempo conectados podem se utilizar desse álibi para convencer seus pais de que estão nas redes sociais porque seu professor pediu", alerta Betina.
A mesma regra vale para as aulas de reforço. A melhor solução para esses casos é o professor fazer um blog e disponibilizar os materiais didáticos nele ou ainda publicá-los na intranet da escola para os alunos conseguirem acessar o conteúdo recomendado por meio de uma fonte oficial.
Com relação aos pais, vale comunicá-los sobre a ação nas redes sociais durante as reuniões e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.

Fonte: Revista Nova Escola

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Volta às Aulas



O ano letivo de 2012 está iniciando!!!! Desejo aos estudantes sucesso, determinação, aprendizagem e principalmente compromisso com a construção do conhecimento.
Em nossa escola, Liceu de Camocim o ano promete, são inúmeras ações voltadas para sucesso do processo de ensino e aprendizagem, esse ano será sensacional!! 
Fiquem de olho nas novidades!!! Aguardem a sugestões de aulas e não esqueçam, as Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC, são ferramentas, subsídios pedagógicos. Estudem, planejem e utilizem essas ferramentas digitais mas, nunca esqueçam: nós professores é que fazemos acontecer, a tecnologia sozinha não faz nada, a metodologia é que faz a diferença!! Avante galera!!!




quinta-feira, 27 de outubro de 2011

PROFESSOR CRIE SEU BLOG E UTILIZE-O EM SALA DE AULA
VEJA COMO É FÁCIL...



Vídeo extraído do www.educared.org.br

Com Carinho!
Profª Gláucia Nogueira

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AOS DOCENTES RECÉM-INGRESSOS NO MAGISTÉRIO




No dia 22 de outubro, no munícipio de Tianguá, deu-se início a mais uma formação continuada aos professores, atendendo docentes das cidades de Tianguá e Ubajara. Trata-se de um curso de Extensão Universitária de 120/h  oferecido pelo Humanas/UFC em parceria com os municípios supra citados, a formação finalizará em dezembro de 2011. 
Público-alvo: Professores recém-ingressos no último concurso estadual 2010 (áreas de filosofia, sociologia, história e geografia). Professores recém-ingressos na rede pública de educação via concursos municipais nas áreas de geografia e história. Pedagogos.
Apresentação de curso da Equipe Humanas/UFC:
O curso pretende auxiliar os professores(as) da educação básica, a enfrentar com maior segurança a profissão do magistério, por meio da leitura e discussão de temas relativos à formação continuada, o trabalho coletivo, o aprender pela pesquisa, a abordagem interdisciplinar, os saberes necessários a prática educativa e o conhecimento local das novas tecnologias de informação e comunicação na escola. As discussões acerca do fenômeno educacional e da prática docente e do ensino estão sempre em vias de transformação, sendo, portanto, objeto de interesse tanto dos educadores iniciantes, quanto daqueles mais experientes.
Na verdade, entendemos que é fundamental para os docentes, sejam eles neófitos ou mais experimentados, a continuidade dos estudos e a construção de espaços de reflexão coletiva que possam favorecer a aprendizagem e aperfeiçoamento da profissão. Nossos autores e autoras, em cada um dos artigos, conjuminaram esforços para colaborar com você, caro/a professor/a, nessa caminhada.
Estaremos estudando os seguintes artigos:
  • O texto Ambiente virtual de aprendizagem e educação colaborativa de Bethania Rocha e Gerardo Viana Junior leva-nos a repensar os modelos pedagógicos centrados no professor, e lança a proposta de adotarmos práticas mais participativas.
  • Estudos interdisciplinares e a relação entre ciência, cultura e trabalho, Neyara Araújo e Joannes Forte suscitam algumas questões com o propósito de dar subsídios, aos novos professores, a possibilidade de construir, no dia a dia do trabalho docente, uma “prática de estudo compartilhada”, o que exige, da parte destes, um interesse individual e um propósito coletivo de contribuir com a mudança do mundo.
  • A dimensão política do trabalho docente na escola e os usos das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), de Cibelle Martins, discute a necessidade de pensarmos o trabalho docente na escola, através de instrumentos que atendam a essa necessidade. 
  • A relação professor/aluno no processo de ensino/aprendizagem é um dos temas principais dentro da temática prática docente. À frente dessa discussão, Andrea Rodrigues e Marney Cruz, debatem algumas das formas como a relação professor/aluno pode ocorrer no processo de ensino aprendizagem.
  • Autodeterminação ética e autonomia do professor, Marcos Nicolau, através da “pedagogia da pergunta”, discute os conceitos de ciência, educação, autonomia, criticidade e liberdade, analisando como os mesmos podem se manifestar na atividade docente e nas relações existentes entre os sujeitos. 

Equipe Pedagógica do Humanas:
Vinicios Rocha, Joyce Carneiro e Vera Fick

 Lista dos Cursistas:
Ana Lúcia Silva da Rocha 
Maria Ivaneide Ferreira de Araújo
Generosa Lima Abreu
Naianny Costa Sá
Renata Queiroz de Sá
Silvio Santos Silva
Saluana Vieira Silva
Assunção Silva dos Santos
Maria Vanderlanha Lopes Pereira
Katia Cilínia da Silva Santos
Oclenilde Maria de Oliveira Alves
Ana Cristina dos Santos Silva
Raimunda Nonata do Vale Silva
Zeliane Félix Fernandes
Raquel Evangelina Oliveira Tomaz
Daniela Fonteles da Costa
Gorete Frota de Vasconcelos
Raimunda Auristela Bevilaqua Bandeira
Camila Fernandes Martins de Paulo
Bruna Janielle Almeida Paixão
Lorena Moita Fonseca
Vanessa Ryane Aguiar Moura
Eduardo Moita Cunha Fernandes
Samile Fernandes Martins
Glauciane Tomaz


Imagens:










Profª Ana Gláucia Sales Nogueira
Tutora do Humanas/UFC 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

VANTAGENS E DESVANTAGENS 



PRINCIPAIS VANTAGENS:

ABERTURA
A EaD permite atender a um público muito maior e mais variado que os cursos presenciais. Promove eliminação ou redução de barreiras de acesso a cursos ou níveis de estudo, bem como diversificação e ampliação da oferta de cursos. Oferece oportunidade de formação adaptada às exigências atuais, principalmente a pessoas que não puderam freqüentar escolas tradicionais ou que não teriam como voltar a continuar a estudar sem a EaD.

FLEXIBILIDADE
A EaD atende pessoas ocupadas, sem disponibilidade de horários e otimiza o tempo livre. Tempo e conveniência são fatores relevantes no atual universo globalizado, caracterizado pelo excessivo acúmulo de atribuições e tráfego intenso nos grandes centros urbanos. EaD implica ausência de rigidez quanto a requisitos de espaço (onde estudar?), assistência às aulas e tempo (quando estudar?) e ritmo (em que velocidade aprender?). Promove uma eficaz combinação de estudo e trabalho. Permite a permanência do aluno em seu ambiente profissional, cultural e familiar. Oferece formação fora do contexto da sala de aula tradicional.

INCLUSÃO SOCIAL
A EaD pode ser considerada uma ferramenta de inclusão social, pois beneficia eficazmente pessoas portadoras de deficiências físicas graves como paralisia, por exemplo, que não podem sair de casa com facilidade. Com a EaD, essas pessoas ganham a oportunidade de estudar.

EFICÁCIA
Propõe que o aluno constitua o centro do processo de aprendizagem, sendo sujeito ativo de sua formação, vendo respeitado seu ritmo próprio de aprender. Oferece formação teórico-prática que se relacione à experiência do aluno e, principalmente, à atividade profissional que deseja melhorar. Baseia-se em conteúdos instrucionais elaborados por especialistas. Utiliza recursos multimídia e comunicação bidirecional freqüente para garantir uma aprendizagem dinâmica e inovadora.

FORMAÇÃO PERMANENTE E PESSOAL
Proporciona atendimento a demandas e aspirações de diversos grupos, através de atividades formativas ou não. Trabalha o aluno no sentido de torná-lo ativo no desenvolvimento de iniciativa, atitudes, interesses, valores e hábitos educativos. Capacita para o trabalho e superação do nível cultural de cada aluno em particular.

ECONOMIA
Permite economia em escala, reduzindo custos em relação aos de sistemas presenciais de ensino: elimina pequenos grupos, evita gastos com locomoção, evita abandono do local de trabalho para o tempo extra de formação. A economia em escala supera os altos custos iniciais.

ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE CONTEÚDOS
Existe uma grande vantagem na EaD, em relação à possibilidade de constante revisão e atualização do conteúdo programático, principalmente comparando-se a dados contidos em livros que, além de não aceitarem atualizações, tornam-se rapidamente ultrapassados.

PRINCIPAIS DESVANTAGENS OU LIMITAÇÕES:
Alega-se falta de interação e empobrecimento da troca direta de experiências proporcionada pela relação educativa pessoal entre professor e aluno. Alega-se também limitação em se alcançar o objetivo da socialização, devido às escassas ocasiões para interação de alunos com o docente e entre si.
*De fato, havia perdas na EaD de antigamente, cujo principal meio de comunicação era o tradicional correio. Com o largo uso da internet, porém, não existe mais este problema. Para um jovem em desenvolvimento o contato humano é realmente importante, mas na EaD pela internet a falta de contato físico não pode ser vista como algo que torne o ensino menos efetivo ou pior. A socialização existe, sim. Há salas de bate-papo ou chats, inclusive com videoconferências. Com o uso da webcam, os participantes não são mais apenas nomes na tela do computador; eles têm rostos. A relação professor-aluno também se beneficia com a EaD, pois muitas vezes existe até maior liberdade para o aluno levantar dúvidas, já que não há inibição de falar na frente de uma classe inteira.
*Alega-se limitação em se alcançarem os objetivos das áreas afetiva/atitudinal e psicomotora, exceto em momentos presenciais previamente estabelecidos para o desenvolvimento supervisionado de habilidades manipulativas.
*Nesta questão, cabe apenas o discernimento do que pode ou não ser trabalhado na modalidade de EaD. Em relação a conteúdos passíveis de serem trabalhados a distância, os objetivos de qualquer curso são alcançados à medida que se trabalham as competências que se propõe a desenvolver. Competências referem-se a um saber-agir complexo, resultante da integração, mobilização e agenciamento de conhecimentos, capacidades e habilidades de ordem cognitiva, afetiva, psicomotora ou social. O processo de auto-avaliação contínua prevê, sobretudo, o acompanhamento da progressão da aprendizagem, bem como do nível de aquisição da competência necessária
*Alega-se lentidão na retroalimentação ou feedback e na retificação de possíveis erros.
*Os atuais meios tecnológicos são aprimorados a cada dia, sobretudo no sentido de minimizar ao máximo inconvenientes dessa natureza.
*Alega-se a necessidade de se elaborar um rigoroso planejamento a longo prazo, evidenciando possíveis desvantagens, sem contudo subestimar a vantagem de um repensar e um refletir por mais tempo.
*Qualquer planejamento de curso requer análise de riscos e previsão de eventuais mudanças de rota.
*Alega-se a necessidade de o aluno possuir, para determinados cursos, um elevado nível de compreensão de textos e saber utilizar recursos de multimídia.
*Também em cursos presenciais, nem sempre o aluno atende a todos os pré-requisitos necessários.
*Fraudes podem ocorrer também na modalidade presencial, mas a avaliação em práticas educativas a distância são geralmente trabalhadas com base em critérios de auto-avaliação contínua.
*Alega-se que o processo de ensino e aprendizagem limita-se à mera transferência de conteúdos, ou que a EaD proporciona simplesmente algo mais do que instrução ou transferência de conteúdos.
*Está comprovado que materiais didáticos bem elaborados podem levar o aluno a "aprender a aprender", desde que haja a devida orientação. Isto é válido tanto para ambientes físicos, quanto virtuais
*Alega-se que há homogeneidade de materiais instrucionais, ou seja, todos aprendem o mesmo, por um só pacote instrucional, conjugado a poucas ocasiões de diálogo aluno/docente.
*A moderna EaD trabalha com materiais que proporcionam a espontaneidade, a criatividade e a expressão das idéias do aluno.
*Alega-se que existem ocorrências de numerosos abandonos, deserções ou fracassos por falta de um bom acompanhamento do processo.
*De fato, a ambição de se pretender alcançar muitos alunos pode provocar tais ocorrências. Porém, há necessidade de se fazer a devida distinção entre "abandono real" e "abandono sem sequer ter havido início". Toda tutoria em EaD é orientada no sentido de acompanhar o aluno de forma contínua.


A LINGUAGEM UTILIZADA NA INTERNET
Site Educacional Entrevista: Prof.ª Dr.ª Gláucia da Silva Brito




A comunidade escolar, neste início de século, depara com três caminhos quando começa a refletir sobre a “inserção” das novas tecnologias na educação:
1. Repelir as tecnologias e tentar ficar fora do processo.
2. Apropriar-se da técnica e transformar a vida em uma corrida atrás do novo.
3. Fazer uso dos processos, desenvolvendo habilidades que permitam o acesso e o controle das tecnologias e seus efeitos.
Considero que o terceiro caminho é o que melhor apresenta informações para uma formação intelectual, emocional e corporal do cidadão que cria, planeja e interfere na sociedade. Para tanto, é necessário um trabalho pedagógico em que o professor reflita sobre sua ação escolar e elabore e operacionalize projetos educacionais com a inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação.
Esse educador deverá entender que o simples uso das tecnologias não assegura a eficiência do processo de ensino—aprendizagem e não garante uma “inovação” ou “renovação” das metodologias de ensino no ambiente educacional.
Os questionamentos recebidos de colegas de todo o território brasileiro me fizeram derrubar a hipótese de que há falta de reflexão, no ambiente escolar, sobre o uso das novas tecnologias. É óbvio que a incorporação delas, principalmente da Rede de Computadores, no fazer diário do professor é bem mais complexa do que se imagina e depende de muitas outras variáveis. Mas nenhuma intervenção pedagógica harmonizada com a sociedade contemporânea e com inovações é eficaz sem a colaboração consciente do educador.
Derrubada essa hipótese, opto por responder aos questionamentos feitos por meio do Portal Educacional para que cada colega professor possa avançar em suas reflexões. Vamos a elas então.

1. O que você pensa dos professores de Língua Portuguesa que, mesmo sabendo da existência dessa nova linguagem, têm uma antipatia gratuita com relação a ela e difundem isso entre os colegas? Essa linguagem criada pelos jovens pode ser considerada um neologismo? (Vicente Cândido, São Paulo – SP / Rafael Macedo Carignato, São Paulo – SP / Rita Daniela de Souza Arend, Canoas – RS)
Parece-me que esses professores não têm antipatia somente pela Internet ou o uso do computador. Sua resistência é muito mais pela inovação da metodologia de suas aulas de Língua Portuguesa. Inovar as metodologias de sala de aula dá trabalho, principalmente quando pensamos que, para ensinar Língua Portuguesa hoje, o professor deve considerar como objeto de estudo os textos produzidos por pessoas que dominam a leitura e a escrita. Os textos são a síntese de toda a produção cultural da época em que vivemos, e a escrita na Internet faz parte dessa nossa produção neste momento.
Eu não classifico a escrita utilizada na Internet como um neologismo, pois, para que fosse considerada assim, teríamos de ter um dos seguintes processos de formação: a possibilidade de combinar de maneira inovadora os morfemas (radicais, prefixos e sufixos) preexistentes ou a atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na nossa língua. Na escrita em ambientes como MSN, blogs, flogs, ICQ e e-mail, percebemos muito mais o uso de abreviações que neologismos. E a maior quantidade delas pode estar ocorrendo por causa da “transmutação1” do diálogo cotidiano para a esfera eletrônica. Não podemos esquecer que a essa escrita o produtor alia muitos caracteres alfanuméricos e recursos semióticos não-verbais (imagens, emoticons, etc.).

2. Embora seja válido considerar e valorizar a linguagem usada na Internet, você acha que o professor deve aceitá-la em trabalhos e provas? Não seria melhor explicar aos alunos que cada linguagem tem seu espaço e momento de uso? (Lilian Cristiane Moreira, Barroso – MG / Beatrix Belfort de Aguiar, Vitória – ES)
Com certeza a produção e a circulação de textos na Internet trazem desafios para a educação formal das novas gerações. O que precisamos entender é que essa forma de escrita acontece num suporte específico (o computador) e tem configurações diferentes conforme a ferramenta (processador de texto, MSN, e-mail, etc.) que é utilizada. Cabe ao professor mostrar isso ao seu aluno com atividades práticas, de preferência utilizando o ambiente informatizado da escola. Ele tem de mostrar ao estudante que produzir textos é se comunicar e que cada gênero textual exige uma configuração particular, ou seja, deve estar adequado ao lugar, contexto e interlocutor. Aquele professor que insiste em não refletir sobre as práticas culturais específicas surgidas de necessidades diferenciadas nas sociedades do mundo contemporâneo com certeza não conseguirá trabalhar isso com seu aluno.
 
3. A linguagem na Internet deve ser informal, uma vez que se trata de um bate-papo. No entanto, observando adolescentes conversando pelo computador, percebe-se que, além de palavras quase que inventadas e abreviações inusitadas, eles cometem muitos erros de ortografia por causa da rapidez com que têm de escrever para conseguir conversar com três ou mais colegas, o que aumenta as dificuldades com a norma culta. Será que isso não é prejudicial para a formação lingüística dos jovens ou limita o vocabulário deles? Como lidar com essa crescente dificuldade e desinteresse pela modalidade culta da língua? (Maria Paula M. Di Pietro, São Paulo – SP / Ladiane Barbosa de Oliveira, São Luís – MA / Helyenara Maia, Curitiba – PR / Licinio Pereira Nunes Filho, Curitiba – PR / Maria do Socorro Luz Catunda, Fortaleza – CE / Clovis Justino da Silva, Curitiba – PR / Pensylvania Noemia de Paiva dos Santos, São Paulo – SP / Patrícia Delázari Meira Lima de Bari Corrêa, São Paulo – SP)
A escrita que utilizamos para nos comunicar na Internet é informal e traz todas as características da diversidade e variabilidade do português falado no Brasil. Ou seja, os traços de idade, origem geográfica, situação econômica e escolarização aparecem explicitamente nas conversas nas salas de bate-papo, no MSN, etc.
Precisamos lembrar sempre que a ortografia é artificial, uma decisão política, e que a língua é natural. Portanto, na Internet, estamos sempre utilizando a língua. A ortografia oficial é necessária para que todos possam ler e compreender o que está escrito. Dessa forma, é normal acharmos que nos bate-papos na Internet teríamos de usá-la também. Mas, quando empregamos esses recursos, estamos simulando situações de fala e, por isso, é normal que, em vez de beijo, eu escreva bêjo ou bju. Não acredito que a variabilidade e a diversidade prejudiquem o vocabulário de alguém. É em nossas aulas de Língua Portuguesa que devemos utilizar metodologias que mostrem aos alunos que linguagem deve ser usada nas diversas situações comunicativas. Ou seja, tudo depende dos seguintes fatores: quem diz, o quê, a quem, como, quando, onde, por que e visando a que efeito.

4. Atualmente, observa-se que as questões discursivas têm apresentado mais erros de ortografia, possivelmente em função dessa nova modalidade de escrita e da falta de leitura em geral por parte dos alunos. Como você vê essa situação, tendo em vista que avaliações e concursos ainda utilizam a linguagem formal em seus exames? (Abel Santana Junior, Vila Velha – ES / Patrícia Adriana Nascimento, Araçatuba – SP / Thais Martins Bezerra, Fortaleza – CE / Cristiane Martins dos Santos, Arapongas – PR / Yvone Dugin Sola Sola, Santo André – SP / Lúcia Regina Oliveira de Souza, Curitiba – PR / Mara Solange Guedes Campos, Curitiba – PR)
Novamente, temos de lembrar que a ortografia é artificial, uma decisão política, e que a língua é natural. É claro que é preciso ensinar a escrever de acordo com a ortografia oficial e mostrar que há momentos em que é necessário consultar um dicionário ou gramática normativa para que a escrita fique correta.
Questões discursivas bem elaboradas exigem do estudante a capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar. Dessa forma, ele tem liberdade para expor seus pensamentos, mostrando habilidades como organização, interpretação e expressão. Por isso, existe a hipótese de que essa liberdade para expor suas idéias leve o aluno a cometer mais “erros” ortográficos.
Muito do que às vezes se considera erro (com base na gramática normativa) pode ser, na verdade, um fenômeno que tem uma explicação científica perfeitamente demonstrável2.
O importante é que o professor (de qualquer disciplina) que utiliza esse tipo de avaliação retome as provas fazendo uma reescrita (individual ou coletiva) com seus alunos para que percebam que no momento de uma avaliação temos de utilizar a escrita formal.

5. Como os dicionários devem ser utilizados nesse contexto, principalmente com relação a essas novas expressões criadas e ao uso em sala de aula? Como utilizar o dicionário para fazer os alunos diferenciarem essas formas de escrita, uma vez que muitos deles estão usando a escrita informal da Internet em prova e trabalhos? (Parahuari Branco, Curitiba – PR)
O dicionário tem de estar presente na sala de aula e no laboratório de informática, pois os alunos devem consultá-lo sempre para esclarecer dúvidas tanto com relação à grafia quanto ao significado das palavras. Se os estudantes estão utilizando em seus trabalhos a mesma escrita usada na Internet, não basta o professor apontar os problemas; é importante que trabalhe, por exemplo, com exercícios de reescrita utilizando o dicionário, a gramática normativa, etc. 

6. O modo de escrever dos internautas já pode ser considerado uma linguagem ou simplesmente é uma maneira errônea de se expressar? Será que essa comunicação pode afetar a dicção dos alunos? (Antonio Diogo Hidee Ideguchi, São Paulo – SP / Ruy Miranda Reis, Curitiba – PR)
É tudo muito novo, recente. O que se percebe são novos gêneros textuais, mas ainda não se pode ainda afirmar que existe uma nova linguagem. É claro que estamos diante de um fenômeno que está obrigando a Lingüística a rever alguns de seus postulados teóricos. Quanto à dicção, seria preciso determinar os fatores para analisar: pronúncia, expressão vocal? 

7. Essa nova linguagem, se introduzida na alfabetização, pode causar vícios na escrita que serão levados para a sala de aula, atrapalhando o desenvolvimento escolar? Até que ponto o uso do computador é eficaz na alfabetização na Pré-Escola? (Rosemeire Da Dalt Candido, Pouso Alegre – MG / Marco Aurelio Sorpilli, Birigui – SP / Julia de Souza Moreira, Vitoria – ES / Ana Elisa Rocha de Campos, Tatuí – SP)
Quando pensamos no que é alfabetização, há dois sentidos. O restrito diz respeito ao ensino do código da língua escrita para que a criança adquira as habilidades de ler e escrever e se limita ao período inicial da escolarização (podemos lembrar daquele professor que utiliza apenas metodologias baseadas em métodos tradicionais de alfabetização, prejudicando muito mais o desenvolvimento da escrita). Já o amplo é entendido como um fator de mudança de comportamento diante do universo que possibilita ao homem integrar-se à sociedade de forma crítica e dinâmica. Esse sentido está relacionado ao que hoje se denomina letramento, ou seja, deve haver uma dinâmica entre sala de aula e mundo real (podemos pensar no professor de séries iniciais que leva para seu trabalho todos os tipos de texto, usando até mesmo o ambiente informatizado).
Se não for bem utilizado pelo educador, nenhum material será eficaz. Mas os professores têm de receber formação, principalmente em relação ao uso de softwares (programas), para poderem analisar, avaliar e decidir sobre quando e como utilizá-los nas séries iniciais.

8. Que conselho você daria a alunos de 6.ª série com problemas de ortografia e dificuldade de se expressar por escrito? (Claudia Regina P. Pádua Soares, São Paulo – SP)
Acho que meu conselho seria para o professor. Primeiramente, seria necessário fazer uma reflexão a respeito de como estão sendo as aulas de Língua Portuguesa: qual é o enfoque que está sendo dado? Apenas ao ensino da gramática? O que seriam esses problemas de ortografia? Como tem sido feita a correção dos textos produzidos pelos estudantes? Que estratégias de produção têm sido utilizadas para oportunizar a expressão por escrito aos alunos?

9. De que forma é possível utilizar essa nova linguagem nas aulas de Língua Portuguesa do Ensino Médio? (Aparecido Lázaro Justiniano, Ponta Porá – MS)
Não existe um momento especial para se trabalhar essa linguagem. Mas, com certeza, nas estratégias de produção de texto, as oportunidades de criação na Internet devem aparecer, como, por exemplo, produzir home pages, criar um blog para a turma, trocar e-mails entre alunos e professores, etc.

10. Essa nova linguagem escrita aprendida pelos adolescentes pode prejudicar o relacionamento deles com pessoas que não têm acesso a ela, como seus pais? (Ronaldo Antonio Hofmeister, Curitiba – PR)
Não acredito que isso seja possível. O que temos de trabalhar em nossas aulas é o fato de que, no momento da fala ou da escrita, devemos sempre considerar quem é o receptor da mensagem, pois, do contrário, ela poderá não ser compreendida.

11. A revista Istoé publicou um artigo sobre essa nova forma de comunicação e um aspecto me deixou intrigada. O canal de TV por assinatura Telecine está exibindo filmes, principalmente de ação e aventura que têm como público-alvo os jovens, com legendas nessa nova linguagem. Será que isso não é exagero? Será que não estão misturando as coisas? (Andréa Antonialli, São Bernardo do Campo – SP)
Assisti recentemente a um desses filmes. Realmente, é um exagero. Mas não acho que esse projeto terá continuidade, pois, dessa forma, esse canal está classificando o público desses filmes como sendo só os jovens, excluindo pessoas mais velhas que poderiam querer assistir a essas produções com legenda sem abreviações ou emoticons.

12. Onde leciono, tivemos, em 2003 e 2004, experiências de produção de blogs na disciplina de Filosofia. A maioria dos alunos não gostou de produzir uma página com características voltadas à aprendizagem e teve dificuldade para entender e sistematizar a linguagem utilizada nessa ferramenta. Por que isso aconteceu? (Sandro Luis Fernandes, Curitiba – PR) 
Para responder de uma forma satisfatória, eu teria de conhecer todo o projeto. Primeiramente, seria necessário observar questões como: como foi sua interação com blogs antes de criar esse projeto? Você já produziu um blog
pessoal e conheceu os dos seus alunos? Quais temas foram considerados para a produção dessas páginas? Elas traziam assuntos vinculados à realidade dos estudantes?
Blogs são uma espécie de diário, algo muito pessoal que as pessoas desejam compartilhar; se perdem essa característica, não são mais blogs. Se os alunos sentem a obrigação de escrever, sabendo que vão ser avaliados, as dificuldades podem ser muitas. Se você tivesse pedido uma produção de site ou a criação de uma comunidade no Orkut, talvez o resultado fosse outro.
Para aliar sala de aula e Internet, é necessário que o professor realmente conheça os ambientes dessa rede.

13. Que problema haveria se o adolescente escrevesse da maneira correta no MSN, chat, blog, etc.? Ele poderia ser rejeitado pelos colegas? (Vânia Tavares de Menezes, Santos – SP)
Talvez isso pudesse acontecer, mas não há como afirmar. Por exemplo: quando eu converso com meus alunos numa sala de bate-papo, por ser a professora de Redação, no início eles não escrevem nenhuma abreviatura. Se conversamos em três (eu e dois alunos), acontece a mesma coisa. Mas, quando começo a usar abreviaturas e emoticons, imediatamente eles passam a utilizá-las também. É interessante perceber como eles adaptam a escrita ao seu interlocutor com facilidade.
Para esclarecer outras dúvidas, entre em contato com nossa entrevistada: glaucia@ufpr.br

Reportagem extraída do site:
http://www.educacional.com.br/entrevistas/interativa_adultos/entrevista008.asp